quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Faculdade do amor.












Ele brincava com as palavras,

Jogava através das letras.

Só ele, somente ele,

Era capaz de colocar o amor em um papel.


Como era verdadeiro,

Como era real,

O amor saído de seus rascunhos,

O amor que ele punha em folhas.


Ela bailava ao ritmo da voz,

Caminhava pela estrada do dizer.

Só ela, somente ela,

Era capaz de vocalizar o amor.


Como era vivo,

Como era poderoso,

O amor falado por seus lábios,

O amor ao qual ela dava voz.


Ele usava da escrita.

Ela impunha a sua voz.

Quando eles se encontram,

Misturam-se em uma confusão.


Quem é quem?

Ninguém mais sabe.

Ela escreve por amor.

Ele fala por amar.


Quando ele fala,

O amor se torna real.

Quando ela escreve,

O amor baila em compasso natural.


Unidos ou separados,

Eles fazem o amor acontecer.

Quisera eu, assim como eles.

Ter a faculdade do amor.


Saber escrever.

Saber falar.

Tornar o amor verdadeiro.

Ver nessa estrada, o amor caminhar.


Mas apesar de não ter,

Assim como eles, a faculdade do amor,

Acredito eu possuir,

O dom de amar.


Por mim o amor não fala,

Por mim o amor não escreve.

Mas, é através de mim,

Somente de mim, que o amor acontece.



(Thiago Sansil)

Nenhum comentário:

Postar um comentário