Ele brincava com as palavras,
Jogava através das letras.
Só ele, somente ele,
Era capaz de colocar o amor em um papel.
Como era verdadeiro,
Como era real,
O amor saído de seus rascunhos,
O amor que ele punha em folhas.
Ela bailava ao ritmo da voz,
Caminhava pela estrada do dizer.
Só ela, somente ela,
Era capaz de vocalizar o amor.
Como era vivo,
Como era poderoso,
O amor falado por seus lábios,
O amor ao qual ela dava voz.
Ele usava da escrita.
Ela impunha a sua voz.
Quando eles se encontram,
Misturam-se em uma confusão.
Quem é quem?
Ninguém mais sabe.
Ela escreve por amor.
Ele fala por amar.
Quando ele fala,
O amor se torna real.
Quando ela escreve,
O amor baila em compasso natural.
Unidos ou separados,
Eles fazem o amor acontecer.
Quisera eu, assim como eles.
Ter a faculdade do amor.
Saber escrever.
Saber falar.
Tornar o amor verdadeiro.
Ver nessa estrada, o amor caminhar.
Mas apesar de não ter,
Assim como eles, a faculdade do amor,
Acredito eu possuir,
O dom de amar.
Por mim o amor não fala,
Por mim o amor não escreve.
Mas, é através de mim,
Somente de mim, que o amor acontece.
(Thiago Sansil)
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