sábado, 21 de maio de 2011

Luz na escuridão












Tudo se encontra em escuridão,

A única coisa identificável é uma cadeira ao centro.

Mas ao fundo, vejo algo passando,

Vai de um lado a outro,

E logo retorna.

Um fantasma? Uma pessoa?

Como posso saber ao certo?

Então uma luz aparece,

Junto dela surge um rosto.

E uma voz logo encontra a minha audição.

Uma voz feminina, uma voz bela,

Talvez uma voz do coração.

Assim se faz uma confusão

Voz de lá voz de cá,

Uma verdadeira orgia de vozes.

Mas nenhuma delas sobressai

Nenhuma delas alcança

Nenhuma delas é igual aquela.

Nenhuma é igual à dela.

Assim como o facho de luz em meio à escuridão,

A voz dela aparece em meio a toda aquela confusão.

O que as outras falam?

A mim pouco importa.

A dela simplesmente me conforta.

Mas então o silêncio domina.

Não há confusão de vozes,

Nem a voz da menina.

O facho de luz também se vai

E por alguns segundos há apenas escuridão

E então, como que por mágica,

A luz de um canhão a escuridão devasta.

Ao centro ela surge,

Como que iluminada.

Não sei se por ela a luz se atrai

Ou se através dela a luz se faz.

Ela se vira e então sorri.

Sorriso tão breve,

Mas bem longo em minha memória.

A luz se apaga,

E a escuridão se faz, por fim.

É assim que termina,

O espetáculo que eu vi.

(Thiago Sansil)

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