segunda-feira, 19 de abril de 2010

E tudo não passa de um sei lá o que, misturado com um o que lá eu sei...


Como uma ladra especialista, como uma gatuna silenciosa que se esgueira pela escuridão da noite, você invadiu a minha vida, entrou de mansinho, sem fazer barulho, sem chamar atenção, e quando eu dei por mim, você tinha me roubado, você havia roubado aquilo que eu tenho de mais valor, não são jóias, nem pedras preciosas, não são obras de arte, nem artefatos históricos, tu me roubaste o coração. No momento em que o meu olhar no teu parou, meu coração, sem que eu pudesse notar, por ti se apaixonou.
Eu me perdi, me perdi no labirinto do amor, quanto mais percorro os longos corredores desse labirinto em busca de uma saída, mais perdido pareço eu. E quanto mais passa o tempo, mais eu descubro o quão confuso eu me encontro, meu coração está a minha espera no interior desse labirinto, portanto só há duas escolhas a fazer: Buscar a saída enquanto ainda posso encontrá-la e viver uma vida inteira sabendo que deixei pra trás o “AMOR”, sabendo que escolhi viver sem meu coração, viver uma vida inteira sabendo que nunca serei completo, que a felicidade nunca será suficiente; Ou adentrar ainda mais as profundezas desse labirinto, buscando chegar ao centro, buscando encontrar o coração e fazer de mim completo novamente, sabendo também que quanto mais para dentro eu for, mais difícil fica encontrar o caminho da saída, quanto mais eu percorrer esses corredores, mais perdido eu posso ficar. Tento em vão buscar respostas, quando a resposta está tão clara diante de mim. Vejo-a materializar-se diante de mim como a fala de Romeu (quando está a fugir após conhecer e se apaixonar por Julieta – “Romeu e Julieta”) “Romeu – Como posso eu ir mais longe, quando meu coração aqui permanece? Volta tosco barro e acha teu centro.”
Ah! Como invejo eu o Romeu, como invejo eu o Lisandro, ou Otelo, ou Christian. Como invejo eu o amor que eles viveram, mesmo que em alguns dos casos uma tragédia tenha demarcado o fim de suas estórias, cada um deles viveu o ápice do sentimento, cada um deles viveu o amor que sentiu, não só amou como também foi amado, em algum momento em suas estórias, eles foram felizes, eles foram completos.
Quisera eu, assim como eles, ter pra mim o seu amor, mesmo que por poucos tempo. Quisera eu poder, por um momento, experimentar o que é amar e ser amado, chegando assim ao ápice do amor.
Quisera eu poder olhar em teus olhos e dizer tudo o que sinto, tudo o que penso, e não só dizer que te amo...





[Continuação? Quem sabe um dia...]


(Thiago Sansil)

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