Thiago Quixote – Cada livro que nós lemos, é uma vida que vivemos dentro da nossa vida real. A história ganha vida, a partir do momento que o autor a escreve. Ela se repete por varias vezes, com realidades diferentes, a partir de leituras diferentes. Os personagens não sabem que fazem parte de um livro.
Clara Floquinho de Neve – Quem me garante que eu não sou uma personagem?
Thiago Quixote – É aí que eu ia chegar. E se todos nós formos parte de um livro? E se o tal Deus que buscamos, aquele que nos criou, a tudo e a todos, na verdade for um autor? Por que não?
Clara Floquinho de Neve – Por que não? Sim, é uma idéia. Por isso existem diferentes Deuses. São inúmeras histórias, cada uma escrita por um autor diferente.
Thiago Quixote – Dessa forma, a idéia de Cristo e Deus, serem a mesma coisa, seria mais palpável. Afinal, o autor tem liberdade para se criar na história, vivendo assim, a sua vida de autor e personagem ao mesmo tempo. E o Espírito Santo, pra completar a Trindade? Este, é uma força que te influencia no teu caminho. Bem, o autor, sendo ele autor, tem como fazer isso com facilidade. Forma assim a Trindade (Autor, personagem e influência.).
Clara Floquinho de Neve – Talvez, possa ser um pseudônimo. Por que não? Vários autores usam pseudônimos. Mas essa teoria de Autor, Personagem e Influência, é, de fato, a mais interessante que já ouvi. Guarda isso pra avaliações futuras.
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Nota do Autor: Este, é um Dom Quixote às avessas. Enquanto o de Cervantes acredita que as histórias são reais, esse de Sansil e Caraciolo, acredita que a realidade é uma história.
(Thiago Sansil & Clara Caraciolo)
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